sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

A CAPILHA DO TAIM

Dias atrás, em uma rápida viagem que fiz para o sul do Estado, tive a oportunidade de passar por Pelotas, onde morei por um ano para cursar o Mestrado, Piratini, que tanto desejava retornar, e Santa Vitória do Palmar, que para chegar é preciso passar pela Reserva Ecológica do Taim. Dentro da Reserva, há uma diversidade de animais vivendo nos ambientes alagados e pequenas comunidades que sobrevivem basicamente da pesca, da criação de gado, do plantio de arroz e pastagens.



Uma dessas comunidades chama-se Capilha de Rio Grande ou Vila Capilha, localizada às margens da Lagoa Mirim, 4º Distrito da cidade de Rio Grande. Seu nome deriva do espanhol "Capilla", ou seja, "capela" em português, que acaba justificando o nome dado à localidade devido a existência da mesma.
A Capela que leva o nome de Nossa Senhora da Conceição é uma das primeiras edificações da fronteira sul do Brasil. Neste local, a primeira foi construída em 1785, sendo chamada pelos espanhóis "Capela de São Pedro" por estar no continente de São Pedro. Em 1844 foi reconstruída tendo entre seus patrocinadores o famoso Capitão Faustino Corrêa, fazendeiro da região.

Recentemente, uma equipe da Universidade Federal do Rio Grande - FURG realizou pesquisas arqueológicos na Capela e encontrou vestígios da existência de uma outra capela no mesmo local, que pode ter sido construída por volta do ano de 1700. Pelo menos duas outras já haviam sido erguidas ali, uma delas de madeira, a qual teve uma das paredes queimada. Conforme os estudos, possivelmente, a primeira capela tenha sido erguida para acompanhar um corpo de guarda de fronteira. A estrutura pode ter sido abandonada durante os 13 anos de ocupação espanhola.
Seu estado de conservação é bastante precário, porém, existem processos em andamento para subsidiar seu restauro. Como na maioria dos prédios históricos, essa pequena capela sofre com as ações do tempo e da burocracia estatal, o que pode causar perdas irreversíveis ao patrimônio artístico e histórico nacional.
Por fim, esse passeio me proporcionou visualizar paisagens belíssimas e, é claro, conhecer mais um pedacinho do nosso Estado.




3 comentários:

  1. Lamento te contar querida professora,que em 1974,quando casei ,passei por aí e ela estava no mesmo estado que se encontra hoje,numa de minhas viagens ,resolvi chegar para ver como estava e saí muito triste porque sei que realmente vai cair e ninguem faz nada,Um forte abraço

    ResponderExcluir
  2. E verdade vilarejo abandonado a prefeitura não investe pois o povo não ve pois e muito escondido assim não e interessante pois não produz votos!

    ResponderExcluir
  3. Me encantó su artículo y ya soy seguidor da "Taberna" que adoreí. Tengo antepasados baptizados en esa Capilha. Hoy fue restaurada pero la cambiaron mucho.

    ResponderExcluir