domingo, 13 de julho de 2014

Filme conta história de enfermeira que salvou crianças judias do nazismo

O horror da Segunda Guerra Mundial, as dolorosas separações entre pais e filhos judeus, as condições vexatórias e subumanas impostas aos moradores dos guetos de Varsóvia (Polônia), despertaram na polonesa Irena Sandler a coragem para salvar cerca de 2.500 crianças judias dos nazistas. A história real do "Anjo do Gueto de Varsóvia”, como era conhecida Irena, transformou-se no enredo do filme "O coração corajoso de Irena Sendler”, dirigido por John Kent Harrison.
O filme conta a trajetória de Irena, enfermeira e assistente social à época da guerra, que assumiu riscos consideráveis ao ajudar famílias e salvar crianças nos guetos ocupados por nazistas. Enquanto enfermeira, Irena convencia as mães e avós de que conseguiria salvar seus filhos da morte, dando às crianças a chance de se livrarem dos campos de extermínio nazistas.
Irena cheou a ser descoberta pelos nazistas e foi torturada, mas, mesmo com todo o sofrimento, nunca delatou nenhum dos membros do grupo Conselho de Ajuda aos Judeus, que a auxiliava financeiramente, mantendo assim a salvo as identidades dos membros e das crianças salvas.
O filme é inspirador e além do relato histórico sobre esse período da humanidade, mostra a coragem e solidariedade de uma mulher que mesmo sob terror e medo da guerra não esmoreceu e continuou sua missão de salvar o maior número de crianças possíveis. Para não esquecer seus nomes, Irena escrevia-os em pequenos papéis e os guardava num pote escondido, para que, ao final da Guerra, as crianças pudessem ser entregues a seus pais, caso escapassem.
Irena Sendler viveu anos numa cadeira de rodas por conta das lesões sofridas pelos torturadores nazistas. Foi homenageada em 2007 pelo louvável feito, mas perdeu o Prêmio Nobel da Paz para o ex-presidente estadunidense Al Gore. Ela viveu até os 98 anos, morrendo em 2008 em Varsóvia. Não se considerava uma heroína e não reivindicou os créditos de suas ações. "Poderia ter feito mais. Esse lamento me acompanhará até o dia de minha morte!”, declarou Irena.

Fonte: http://site.adital.com.br/site/noticia.php?lang=PT&cod=80739

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